"Sou mais um que passa pelo mundo
O que vale, são meus atributos.
Minha alma, minha moral?
Só a mim, me valem.
Tenho ouvido conversas
Ao redor do que vejo,
Vejo bocas abertas
Sou fruto que surge
Pra adoçar a floresta,
Meu riso assim, solto...
É só o que me resta.
Vejo tudo, mas me calo,
E abro a boca
De espanto ou de medo
O sorriso volta à tona.
É o que de belo se abre
Pra suavizar o mundo.
Vejam com bons olhos o belo
Mas, por favor, não sucumbam!
À beleza que é de fora
Pois bem lá dentro,
A beleza chora
Chora pela dor dos olhos
De ver o mundo como vejo
Dor profana de um mundo insano!
Dor insana de um mundo sem jeito!"