sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Vida que segue

Segue o tal rumo que define os rumos.

Segue o nascimento de mais uma vida.
Que nasce forte, sem rebeldia.
Nasce justa, com muitos encantos.
E vive simples, sem mentiras mesquinhas.
Segue leve e se protege da tempestade da malvada realeza.
Sem grandes escudos, mas com muita fé
Segue sem peso, ou belos contos (nem de fadas ou de réis).
E a realidade vem como a firmeza daquelas tardes dos dias longos (aqueles belos), em cada verão.
Moldando cores em cada céu, prédios ou árvores de belos frutos e fortes sabores.
Fazendo da vida, a arte de segurar sozinho o mundo como um ovo.
Com delicadeza, sem pressa ou medo. Com firmeza controlada, pra não quebrar.
O caminho do meio. O simples. O justo
Com os ísquios no lugar, coluna ereta, contração de períneo e respiração consciente.
Chega dá arrepio a energia que sente.
E a vida que segue?
Continua no seu lugar.
E segue firme pra não fragmentar, segue reta pra não entortar e vira a esquina pra não espatifar.
E assim a vida segue.